1. Exame minucioso de uma coisa em cada uma das suas partes.
2. Separação dos princípios componentes de um corpo ou substância.
"análise", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/an%C3%A1lise [consultado em 09-01-2022].[1] 2. Separação dos princípios componentes de um corpo ou substância.
Sendo assim, podemos dizer que a análise crítica precisa ser realizada de forma criteriosa, sob cada aspecto do que está a ser analisado.
Como estamos falando de sistemas de gestão, a análise crítica precisa abordar os principais pontos desses sistemas. Por exemplo, abordar os resultados dos objetivos estratégicos, se eles estão sendo alcançados, ou não, indicadores, NCs, e por aí vai.
Além disso, uma análise crítica pode ser realizada em níveis diferentes. Por exemplo, realizar a análise crítica em nível operacional e também estratégico. A abordagem escolhida vai depender do resultado que se espera da análise crítica ou dos tópicos que precisam ser discutidos.
Em uma organização, é comum encontrar as análises divididas em 3 grupos:
- análise operacional: onde os processos e indicadores são analisados a nível de operação;
- análise estratégica: quando os indicadores estratégicos e os objetivos estratégicos são analisados;
- análise com a diretoria: onde são apresentados os tópicos de interesse da diretoria, como os resultados das duas análises mencionadas anteriormente.
Dessa forma, a análise crítica é uma reunião que precisa acontecer para que a situação atual da organização seja analisada de forma minuciosa. E, é claro, para que novas ações sejam definidas para que os objetivos da organização sejam alcançados.
Análise crítica, segundo a ISO 9001:2015
A ISO 9001:2015 foi publicada com alguns itens que precisam ser abordados na análise crítica com a alta direção. Mas, no decorrer de outros requisitos, ela também menciona que os indicadores, objetivos da qualidade e resultados de auditorias internas, sejam analisados criticamente.
Para a análise com a alta direção, é solicitado que sejam abordado os seguintes itens:
- Contexto organizacional
-
SGQ: Desempenho e eficiência
- Clientes e partes interessadas
- Níveis de alcance dos objetivos da qualidade
- Conformidade de processos, produtos e serviços
- Não conformidades e ações adotadas
- Resultados de monitoramentos e medições
- Resultados de auditorias
- Desempenho de provedores externos
- Suficiência de recursos
- Eficácia das ações
- Oportunidade de melhorias
A ISO 9001:2015 também solicita que na reunião com a diretoria, os resultados das ações que saíram da análise crítica anterior sejam apresentados.
Erros e dificuldades na execução da análise crítica
Alguns erros podem acontecer durante a análise crítica, como por exemplo, análises superficiais, que não trarão os resultados desejados. Como consequência, a análise crítica pode perder o seu valor na organização.
Uma das causas para isso é a dificuldade em organizar os temas para as reuniões. As empresas se perdem nos itens das pautas, e começam a divagar durante a análise crítica.
Também existe a dificuldade de centralizar os resultados das análises críticas anteriores para comparar os resultados. Dessa forma, as análises também não geram o valor que poderiam agregar na organização.
Em algumas empresas, a dificuldade está no engajamento dos colaboradores na cultura da qualidade. Alguns colaboradores não gostam de fazer a análise crítica e acabam, com isso, afetando a organização por não desempenharem seus papéis corretamente.
Um outro erro comum de acontecer é a periodicidade ser definida de forma muito recorrente. Ou seja, realizar análises críticas em excesso! Isso faz com que a empresa acabe não tendo o espaço de tempo suficiente para que as ações definidas apresentem os efeitos positivos esperados. Muitas vezes, os planos de ação nem mesmo foram executados e outra análise crítica já está sendo feita.
Dicas para uma análise crítica eficaz
Algumas dificuldades e erros podem ser gerenciados ao se definir um procedimento de análise crítica, descrevendo os níveis de análise crítica que a organização adotará. Ela poderá adotar as análises críticas operacionais, estratégicas e com a alta direção. Dessa forma, os tópicos poderão ser discutidos em níveis separados, trazendo mais profundidade para a discussão.Deve ser delimitado um intervalo para realização das análises. Por exemplo, as análises estratégicas são realizadas a cada 2 meses, e com a direção as reuniões são trimestrais.
Após o procedimento definido e divulgado, a organização poderá adotar ferramentas de apoio que gerem engajamento. Pode (e deve) criar divulgações sobre a análise crítica, explicando o conceito de cada reunião e sua importância para os colaboradores.
As ferramentas de software também são bons apoiadores, uma vez que é possível centralizar as análises de indicadores, por exemplo, em um só lugar, sem perder os históricos. Também é possível centralizar as ações que saem da reunião de análise crítica, facilitando a consulta delas posteriormente.
Outra dica importante é definir o tempo de duração de cada reunião, e respeitá-lo! Isso para que as pessoas não se percam nas reuniões e o valor agregado da análise crítica também não seja perdido.
A comunicação é uma chave muito importante quando a reunião for realizada com a alta direção. Lembre-se, a alta direção quer saber de forma direta o que está acontecendo na organização. Então, apresentar apenas números sem uma prévia análise pode ser um grande erro no desfecho da reunião.
Quanto mais assertiva a reunião for, e mais munido de informações a pessoa que conduzir estiver, melhor serão os resultados obtidos. Não se esqueça, a reunião de análise crítica, não é para atender a ISO, é para analisar a sua organização e garantir que os objetivos sejam alcançados.
Se ficou interessado em alguma ferramenta de apoio para a condução das suas análises críticas, entre em contato com a gente. Possuímos ferramentas de análise de indicadores, controle de ações entre outras que tornarão suas reuniões mais assertivas.
Além de garantir que suas informações estejam seguras e centralizadas. Isso pode diminuir o tempo dos seus gestores em organizar as informações da reunião e também gerar mais engajamento na cultura da qualidade.